A sessão que estava marcada para a tarde desta segunda-feira (3) não ocorreu por falta de quórum no plenário da Câmara dos Deputados. Sendo assim, o prazo de dez sessões para que o presidente Michel Temer apresente sua defesa em relação a denúncia de corrupção passiva, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), foi adiado.
Essa denúncia tem como base as gravações feitas pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, de uma conversa com o presidente Michel Temer, no dia 7 de março no Palácio do Jaburu.
Na última sexta-feira (30) também não não houve quórum, é necessário que no mínimo 51 parlamentares estejam presentes para o início da contagem.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) deve escolher o relator nesta terça (4). Depois da manifestação da defesa do presidente Temer, o relator terá cinco sessões para apresentar seu parecer.
São necessários 342 votos a favor do pedido, ou seja cerca de dois terços dos deputados, para que a denúncia seja enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Existe a expectativa que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot apresente outra denúncia contra Temer, desta vez por suspeita de obstrução da Justiça.