Em convenção realizada neste sábado (21) em Brasília, o PMN rejeitou a candidatura da jornalista e apresentadora de televisão Valéria Monteiro à Presidência da República. O partido decidiu que não terá candidato a presidente nem apoiará nenhum dos outros postulantes ao Palácio do Planalto no primeiro turno.
A convenção foi marcada por discussões entre os filiados e por um princípio de tumulto. Valéria Monteiro pediu a palavra ao presidente nacional do PMN, Antônio Carlos Massarolo, para falar aos demais colegas de partido, mas teve o pedido negado. Mesmo com a negativa, Valéria insistiu em falar e desferiu críticas ao partido.
“Não é possível que nessa crise que o Brasil atravessa, os partidos matem a democracia e só falem sobra alcançar a cláusula de barreira”, afirmou Valéria. O presidente do PMN Antônio Carlos Massarolo orientou que seguranças retirassem Valéria da convenção, o que causou ainda mais tumulto.
Valéria acabou sendo retirada da convenção pelos seguranças, assim como o advogado Marivaldo Neves, pré-candidato ao Senado pela Bahia.
Valéria afirmou que o presidente do partido agiu de maneira absolutista ao impedir a sua fala. “É só um exemplo de como o sistema eleitoral brasileiro é fraudulento. Ele não dá voz ao debate e toma decisões aleatoriamente de forma antidemocrática”, diz Valéria, que promete ingressar com uma ação na Justiça para anular a convenção.
Procurado, o presidente do PMN Antonio Carlos Massarolo não atendeu às ligações da reportagem.
Ex-apresentadora do Jornal Nacional e do Fantástico, da Rede Globo, Valéria Monteiro anunciou em setembro do ano passado que disputaria a Presidência da República. Para isso, filiou-se ao PMN em janeiro deste ano.
O partido chegou a anunciá-la como pré-candidata ao Planalto, mas, antes mesmo da convenção, desistiu de ter candidato próprio. Mesmo com a decisão, Valéria entrou com um mandado de segurança na Justiça Eleitoral para que seu nome fosse submetido aos membros da legenda em convenção partidária.
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