São Paulo elegeu para o Senado Federal os candidatos Major Olimpio (PSL) e Mara Gabrilli (PSDB), com 25,80% e 18,60%, respectivamente.
O PT não conseguiu eleger Eduardo Suplicy, que ficou em terceiro lugar 13,32%. O resultado é uma surpresa, uma vez que o petista liderou todas as pesquisas de intenção de voto ao Senado. Tripoli (PSDB) ficou em quarto lugar, com 9,01%.
Aliado e correligionário de Jair Bolsonaro, Sérgio Olimpio Gomes, o Major Olimpio, de 56 anos, é policial militar da reserva e deputado federal por São Paulo. Casado e pai de dois filhos, ele nasceu em Presidente Venceslau, no interior paulista.
Como policial, trabalhou 29 anos na corporação. É formado em ciências jurídicas e sociais, jornalista, professor de educação física, técnico em defesa pessoal, instrutor de tiro e autor de livros.
Em 2006 foi eleito deputado federal pelo PDT, sendo reeleito em 2010. Olimpio foi líder do partido na Assembleia Legislativa.
No ano de 2014 foi eleito deputado federal. Em março de 2016 foi para o solidariedade e em março deste ano filiou-se ao PSL, partido de Jair Bolsonaro, para concorrer como candidato ao Senado Federal.
Ele é conhecido pela luta contra a corrupção e pelos constantes ataques ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) reivindicando melhores condições de trabalho e salariais aos policiais militares.
Mara é a 1ª senadora tetraplégica
Mara Cristina Gabrilli, de 51 anos, foi a primeira e única deputada federal tetraplégica do país.
Durante 20 anos de vida pública, foi fundadora e presidente de ONG, secretária da Pessoa com Deficiência da capital paulista, vereadora por São Paulo e duas vezes deputada federal.
Em 1997, três anos após seu acidente, Mara fundou o Instituto Mara Gabrilli, uma organização que desenvolve programas nas áreas de esporte e inclusão.
Entre 2005 e 2007 foi secretaria municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida em São Paulo. Na ocasião, desenvolveu projetos nas áreas de infraestrutura urbana, educação, saúde, transporte, cultura, lazer, e emprego, além de contribuir para o aumento da frota de ônibus adaptados, que de 300 saltou para 3 mil, a reforma de 400 quilômetros de calçadas, inclusive na Avenida Paulista.
Em 2007, ela foi vereadora mais votada da cidade e aprovou seis projetos de lei sobre acessibilidade aos deficientes e melhorias para a cidade.
Em 2011, como deputada federal, incentivou uma ampla reforma para acessibilidade na Câmara dos Deputados. Em 2014 foi reeleita como deputada federal. Ela presidiu a Comissão em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e a Frente Parlamentar Mista de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras.
Em junho deste ano, Mara foi eleita para integrar o Comitê da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência entre 2019 e 2022. É a primeira que o Brasil tem um representante no comitê.