A Segurança Pública do Maranhão, do governo de Flávio Dino (PCdoB), emitiu um documento em que ordena aos batalhões militares o monitoramento de opositores políticos durante as eleições de 2018, na qual Dino concorre à reeleição.
A transformação da PM do Maranhão em polícia política faz lembrar que o governador é filiado ao PCdoB, de inspiração stalinista. Seu ídolo é o ditador Josph Stalin, que promoveu na então União Soviética o maior e mais cruel processo de perseguição a adversários, utilizando a polícia política em prisões arbitrárias, torturas, desaparecimento e assassinatos em massa. Historiadores chegam a estimar em 20 milhões o número de pessoas mortas naquele período.
O documento da Segurança Pública do Maranhão determina ainda a identificação “lideranças que fazem oposição ao governo local (ex-prefeito, ex-deputado, ex-vereador) ou ao governo do Estado, em cada cidade, que podem causar embaraços no pleito eleitoral” e a transferência de policiais envolvidos na política, “a fim de evitarem transtornos no período eleitoral”.
A ordem, emitida pelo Comando de Policiamento do Interior (CPI) aos Batalhões da Polícia Militar, também pede um ‘levantamento eleitoral’ das forças de segurança do estado do Maranhão, por meio de uma tabela que tem quesitos como nomes dos juízes eleitorais de cada comarca, locais de votação, atuais prefeitos e o delegado regional.
O comandante geral da PM no estado, Jorge Luongo, afirmou que o documento ‘é um equívoco grave e sem precedentes’. O comandante disse ainda que as determinações não foram autorizadas pelo Comando da Instituição Policial Militar e que medidas já foram tomadas para tornas as medidas sem efeito. Um procedimento de apuração legal também teria sido instaurado.