Enquanto exaltava em sua campanha à reeleição que o presidente Michel Temer (MDB) seria culpado pelos indicadores do Estado do Maranhão, o governador Flávio Dino (PCdoB) mantém empregado em seu governo o filho do ministro da Segurança Raul Jungmann, um dos principais defensores do governo do sucessor de Dilma Rousseff. Sem qualquer vestígios de sua presença do estado do Maranhão, Bruno Costa Jungmann ocupa o cargo comissionado de assessor especial da pasta da Comunicação e Assuntos Políticos do governo comunista do Maranhão, com salário de R$ 9.828,00.
Em seis meses, Bruno Jungmann recebeu R$ 66,5 mil dos cofres do Estado do Maranhão. Seu salário inicial recebido em abril foi de R$ 13.759,00, por ter sido nomeado por Flávio Dino em 28 de março, com data retroativa ao dia 19 daquele mês. A nomeação foi publicada na edição de 2 de abril do Diário Oficial do Estado do Maranhão. E o servidor comissionado já recebeu uma parte do 13º salário, R$ 3.610,00, somados ao salário do mês de junho.
A informação sobre a relação do governador Flávio Dino com um dos ministros mais fiéis do presidente Michel Temer foi revelada hoje pelo jornal O Estado e confirmada pelo Diário do Poder. O governo do Maranhão e Bruno Jungmann ainda não se manifestaram sobre o vínculo e horário de trabalho que deveria cumprir na pasta que trata de assuntos políticos e é comandada pelo secretário Márcio Jerry.
Bruno Jungmann ocupou o cargo comissionado no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC ), no ano passado, nomeado pelo ministro Gilberto Kassab com salário também de cerca de R$ 10 mil. Após a publicação de denúncia no nepotismo cruzado, Bruno foi exonerado do cargo.
Veja o último salário pago a Bruno Jungmann pelo governo do Maranhão:
Veja o ato de nomeação publicado no Diário Oficial do Estado do Maranhão: