A decepção é nossa

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Uma amiga petista enviou mensagem se dizendo decepcionada comigo e com todos ao meu redor que não votarão no candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad.

Eu poderia dizer o mesmo dela, mas respeito o direito de escolha de cada um, por ser um democrata convicto. Para determinadas pessoas, a democracia só presta se servir aos seus objetivos.

A história mostra que os comunistas – marxistas, leninistas, trotkistas, stalinistas, maoístas, castristas e outros – sempre usaram a democracia como meio para atingir seus fins, com a morte da própria democracia e instauração da ditadura partidária, denominada do proletariado.

Como os fins justificam os meios, na ótica dos petistas, por exemplo, roubar, dilapidar o patrimônio público, corromper, enriquecer ilicitamente, fazer negócios sujos por todos os continentes e trair princípios morais não significam nada.

Criam moinhos de vento para enganar os militantes incautos e inoculados com vírus ideológico, encenando um suposto golpe parlamentar contra Dilma e passando a borracha em toda a roubalheira praticada na era petista no comando do país.

Falam de uma luta contra a ditadura que não existe mais, contra as elites que eles tanto beneficiaram, principalmente os banqueiros, representados por Henrique Meirelles, usam gays, negros e mulheres como massa de manobra, sem que essas pessoas percebam que elas não têm vez nos regimes que os ideólogos da esquerda admiram, como o da Coreia do Norte, de Cuba, da Venezuela e da China.

Decepção é ver pessoas que se diziam honestas defender com unhas e dentes os ladrões, relativizando as condutas por doença ideológica ou conveniência.

Miguel Lucena é Delegado de Polícia Civil do DF, jornalista e escritor.

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