O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, chamou de “mentiras absurdas” as denúncias do delator Carlos Miranda, homologada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), de que ele recebia uma propina na forma de mesada no valor R$150 mil mensais. Miranda é apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como operador financeiro do ex-governador Sérgio Cabral.
Em nota, Pezão desmentiu as informações de Miranda, que mencionou entre as empresas pagantes a responsável pela instalação de placas de energia solar em postes, no Arco Metropolitano, e que também teria pago por uma reforma em sua casa, no município de Piraí. Um consórcio de empresas instalou as placas de energia solar, consideradas desnecessárias pelo DNIT, no valor de R$96,7 milhões: a Kyocera Brasil, Sérgio Benincá, dono do helicóptero utilizadopor integrantes do esquema de corrupção de Sérgio Cabral. A Kyocera se associou no negócio à empresa Soter, constituindo um consórcio.
“O governador repudia com veemência essas mentiras. São afirmações tão absurdas e sem propósito que não há placas solares instaladas em sua casa em Piraí. Ele reafirma que jamais recebeu recursos ilícitos e já teve sua vida amplamente investigada pela Polícia Federal”, afirma a nota divulgada pela assessoria do governador do Rio de Janeiro.