A Polícia Federal (PF), junto a Receita Federal, deflagrou nesta quinta (12) a Operação Encilhamento, que apura fraudes na aplicação de recursos de Instituto de Previdência Municipais em fundos de investimento de empresas de fachada. Segundo as investigações, o esquema pode ter causado prejuízo de R$ 1,3 bilhão.
Segunda fase da Operação Papel Fantasma, deflagrada em julho do ano passado, a ação desta quinta conta com o apoio da Secretaria de Previdência (SPREV). Já foram identificados 28 Institutos de Previdência Municipais que investiram nessas empresas de fachada.
Ao todo, 13 fundos de investimento são investigados. Há indícios ainda de que servidores ligados a alguns Institutos de Previdência tenham participação no esquema de fraude, além do envolvimento de uma empresa de consultoria contratada por um desses institutos.
Foram presos na operação o ex-prefeito de Uberlândia Gilmar Machado e mais três pessoas. O empresário Arthur Mário Pinheiro, preso na operação desta quinta (12) que investiga fraude em fundos de pensão, também é alvo de investigações.
Os agentes cumprem 20 mandados de prisão temporária e 60 de busca e apreensão em Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal. Os investigados podem responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, com penas de 2 a 12 anos de prisão.