O Itamaraty sempre torceu o nariz para a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP): a ideia foi do então embaixador em Lisboa, José Aparecido de Oliveira, que não era diplomata de carreira. O chanceler da época, Luiz Felipe Lampreia, manobrou para o Brasil não exercer a primeira presidência da CPLP, destinada a Aparecido. E perseguiu o diplomata Miguel Gustavo Paiva Torres, que ousou auxiliar na criação do organismo. O Itamaraty jamais lhes pediu desculpas. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
A elogiada tese de Miguel Torres em defesa da CPLP foi rejeitada “por ordem superior” e, rompendo a praxe, “interdição de reapresentação”.
A CPLP neutralizou a articulação para criação do grupo lusófono “5+1” (cinco países africanos e Portugal), destinado a isolar o Brasil na África.
O script definido para Temer pelo Itamaraty, na 12ª cúpula da CPLP em Cabo Verde, não incluiu menção ao papel histórico de José Aparecido.